segunda-feira, janeiro 22, 2007

O mostro nosso de cada dia!



Fim de expediente, uma musica da seqüência diária que ouço me toma de assalto.
Indagando involuntariamente sobre verdades pérfidas das quais me vi obrigado a acreditar por momentos, trazendo a tona uma reflexão sobre a dificuldade de lidar contra a própria natureza.
Numa conversa franca um amigo me falou do seu ponto de vista em relação ao meu estado emocional e pude perceber que desintencionalmente conseguimos ser hipócritas, ao projetar uma imagem saudável do que se passa, e ao mesmo tempo o quanto isso e correto dentro dos conceitos sociais, afinal ser tachado de chato não abre portas, muito pelo contrario.
Mas engolir a rotina gorda contra a vontade, suportar o cotidiano purulento, e um estigma, um câncer, isso nos mata aos poucos "e claro que o único lugar onde não existe estresse e no cemitério, mas para lá ninguém quer ir, pelo menos não por hora", mas as mutações causadas por esse câncer emocional faz nascer um monstro, que por sua vez deve ser acorrentado.
Mas que diabos, conseguimos manter ele vivo e protegido de tudo e todos, e até chamá-lo de meu monstro somos capazes...

Mr.

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MEU MONSTRO

Feito um bebe insano, assim e o meu monstro, que se deixa aprisionar por paredes invisíveis construídas de ilusão.
Tão frágeis e tão seguras. Quatro paredes meu monstro sentado no chão.
Mas ele esta lá, esqueceram do teto por onde entra o som, a chuva e a noite.
Propositalmente estou evitando alimenta-lo, ele não tem tentado fugir da cela porque ele sabe o quanto estou cansado, mas eu ouço seu uivo desesperado.
A solidão não e mais motivo pra ser monstro os amores platônicos são concretas desilusões, meu monstro cada vez mais humano mais serio e triste.
Meu monstro não quer mais falar...

TH.

Mr.